14 Abril de 2018 | 17h10 - Actualizado em 15 Abril de 2018 | 07h47
Malanje terá linha aberta para denúncias e interacção com o governo
Malanje - Uma linha telefónica para denúncias, sugestões e reclamações de eventuais situações e injustiças contra o cidadão e para um contacto directo com o governo, será aberta nos próximos dias, no âmbito da governação de proximidade.

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Malanje cria linha de denúncias
Foto: Roque Milton/Arquivo
A garantia foi dada hoje (sábado), nesta cidade, pelo vice-governador de Malanje para o sector político, económico e social, Domingos Eduardo num encontro com vários jovens, no quadro das comemorações do 14 de Abril, dia da juventude angolana.
De acordo com o responsável, a referida linha vai permitir o cidadão denunciar os comportamentos menos dignos dos agentes da autoridade, de funcionários públicos e não só, fundadas com argumentos convincentes, no sentido de se responsabilizar os autores pelos seus actos e consequentemente ajudar a combater os excessos no exercício da função pública.
O vice-governador lembrou que duas linhas semelhantes, já funcionam desde o princípio deste ano para a denúncia e sugestões sobre más práticas no atendimento dos cidadãos nos hospitais de referência da cidade de Malanje e outras unidades sanitárias, criada no âmbito do plano de reforço do funcionamento do sector da saúde, por isso urge implementar o mesmo para outras áreas sociais.
Por outro lado, Domingos Eduardo apelou aos jovens no sentido de, para além do uso da linha telefónica a ser aberta, escrever para o governo da província para apresentar inquietações e sugestões de resolução dos problemas, evitando manifestações infundadas, calunias e desrespeito as autoridades e a lei da manifestação, como tem sido prática nos últimos tempos.
“As pessoas podem se manifestar, temos democracia, mas tem de ser de forma organizada e ordeira. Têm de escrever a anunciar a data, local e as causas da manifestação”, frisou, referindo ser uma atitude exemplar e que com isso as forças da ordem ajudam a proteger os manifestantes de eventuais situações anómalas.
“Não é preciso arremessar pedras, chamar nome às pessoas. As vezes é bom se manifestar para os governantes saberem que alguma franja da sociedade não está satisfeita com o seu desempenho, mas deve ser de forma ordeira”, rematou, tendo reconhecido que muitas acções previstas para a província não foram executadas por conta da crise financeira que assola o país desde 2014, o que os cidadãos devem entender.
Entretanto, o vice-governador enalteceu a iniciativa dos moto-taxistas de Malanje em criar uma associação para a defesa dos seus interesses, o que está em curso, tendo manifestado a disposição do governo colaborar para esta causa e prestar todo o apoio institucional necessário, uma vez que a inicia vai ajudar a regular o exercício de moto-taxi na cidade capital e reduzir o índice de acidentes.
Reconheceu o papel preponderante que estes exercem na locomoção dos cidadãos, mas reprovou a forma como muitas vezes são transportadas mercadorias e pessoas em motorizadas de duas rodas e de pequena cilindragem, o que tem originado a intervenção da polícia nacional e consequentemente atritos devido as multas aplicadas por essa prática.
Explicou que a medida da polícia não visa proibir o exercício de moto-taxi, mas sim fazer cumprir uma directiva do governo da província, segundo a qual essa actividade deve ser exercida de forma legal, o que muitas vezes não acontece, embora também tenha havido excesso na actuação das forças policiais.
“Em relação à actuação da polícia, podem escrever para o governo da província e identificar os autuantes para os órgãos de inspecção do governo e da corporação aferirem o comportamento e o que se passa, bem como estudar mecanismos de resolução do problema”, disse, acrescentando ser do conhecimento das autoridades que em alguns casos os agentes da polícia actuam de forma compulsiva e irregular, mas noutros casos os “kupapatas” colocam em risco as vidas dos utentes da via pública, ao desrespeitar as regras trânsito e conduzindo sem licença.
Explicou que essas práticas até então vinham resultando em muitos acidentes de viação e em mortes de pessoas que deviam ser úteis à sociedade, daí a razão do governo de Malanje impor alguma condição na actividade de moto-taxi e fruto disso viu-se nos últimos tempos a redução de acidentes, para certos cidadãos encaram isso como o fim da actividade, o que não corresponde a verdade.
Durante o encontro, os jovens apresentaram preocupações relacionadas com a insatisfação do funcionamento de muitas unidades sanitárias, da polícia nacional, do sistema de distribuição de energia, entre outros aspectos que concorrem para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos, os quais o vice-governador solicitou reclamações por escrito e pediu sugestões para a resolução dos mesmos.
O encontro congregou jovens estudantes, políticos, membros de organizações sociais e de outros estratos sociais.
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Assuntos Província » Malanje Sociedade
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